domingo, 22 de março de 2009

A Manopla de Karasthan


Já o li há uns tempos, mas continua a ser um dos meus favoritos. 'A Manopla de Karasthan' da colecção 'Crónicas de Allaryia', foi escrito por Filipe Faria. Tinha 16 anos quando o começou a escrever. Em 2001 ganhou o prémio Branquinho da Fonseca, da Fundação Calouste Gulbenkian e do Jornal Expresso, e foi publicado.

Um sucesso entre os fãs do género, embora, como são poucos, não teve e continua a não ter muita visibildade. Mesmo assim, teve o seu sucesso, e a colecção já vai no 5º livro, com mais 3 na calha.

Sobre o livro... hum... como é que hei de dizer... os diálogos são algo... dolorosos. Sim, é essa a palavra, dolorosos. Compridos com falas longas, demasiado longas, e a linguagem em geral, não só dos diálogos é complicada. Complicadissíma aliás. Alguém sabe o que é um barbacã? Eu não.

Mas pronto, a história é muito boa, e o enredo tem voltas e reviravoltas, e re-reviravoltas... é uma coisa doida. Nota-se a inspiração em Tolkien e no jogo Dungeons & Dragons, o universo de fantasia criado é excepcional. E tudo tem uma razão de ser. Não é daqueles livros que diz: 'O que é aquilo? Parece uma bola de magia! Como é que apareceu? É magia!', não, nada disso, dá explicações, científicas até, sobre as coisas, para percebermos o que aconteceu e porquê.

Sobre a história em si, começa com um princípe, Aewyre, que rouba a Espada dos Reis, Ancalach, e parte em busca do seu pai, Aezrel Thoryn, desaparecido desde a Guerra da Hecatombe, juntamente com a Anátema, Seltor. A Aewyre juntam-se-lhe o mago conselheiro, Allumno da Gema Vermelha, e mais tarde A princesa arinnir Lhiannah e o seu protector, o thuragar Worick. Depois encontram o eahan das montanhas, amigo de longa data de Aewyre, Quenestil, que se junta ao grupo com Babaki, um antroleo que tinha sido libertado de uma armadilha por Quenestil. Por fim, Taislin, o pequeno burrik, e Slayra, a eahanna negra, juntam-se ao grupo, o primeiro por os ter tentado roubar, e a segunda por os ter tentado matar. Mas ambos são perdoados e integram-se no grupo. No seu caminho para Asmodeon, terra negra, palco da Guerra da Hecatombe, o grupo vê-se envolvido numa demanda pela Manopla de Karasthan, daí o nome do livro.

Como é óbvio, não vou contar a história toda. Fica ai um cheirinho com um enredo geral, que já para perceber bem do que se trata. Não fossem os diálogos dolorosos e a linguagem complicada, era perfeito.

2 comentários:

Pedro disse...

Li este livro e achei-o...

Confuso?

Sim, acho que foi isso. Sinceramente, nem percebi muito bem o que era a Manopla, etc XDD Foi preciso ler duas vezes para perceber a história, acho que a linguagem complicada foi um começo difícil.

Enfim, já lá vai muito tempo, mas a verdade é que não me esqueci da história.

Uma coisa boa: Filipe Faria tem uma facilidade extraordinária de criar personagens profundas, complexas.

Alguns choques, aventuras durante a viagem... Este livro foi uma excelente leitura! Pena que o quarto livro desta saga que prometia TANTO não me tenha iludido =/

Rui Bastos disse...

Sim, confuso é a palavra certa. Foi o primeiro choque com este autor, e as palavras dificeis complicaram um bocado, e aquela história da Manopla não tinha nada a ver com nada, e aparece ali caída do céu. (além do facto de lembrar uma qualquer quest de um qualquer RPG XD)