quarta-feira, 8 de julho de 2009

Vagas de Fogo


No 5º livro das Crónicas de Allaryia, de Filipe Faria, temos provavelmente o conjunto de histórias mais dispersas de toda a saga. Aewyre e Kror voltam para Ul-Thoryn, depois de a Cidadela da Lâmina ter sido arrasada pela presença de Culpa (que acho que me esqueci de referir no último post...). Para resumir, Culpa é o humano pai de Seltor, e sente-se de tal maneira culpado por ter trazido o Flagelo ao mundo, que não consegue morrer, e como Seltor, derivado da culpa que Culpa sente (desculpem a redundância), tem alguma influência sobre o seu pai, manda-o atrás de Aewyre, e ao chegar lá, a culpa que faz todos sentir, arrasa a Cidadela.

Mas Aewyre consegue fugir, depois de Culpa cair de um penhasco, e volta para Ul-Thoryn, praticamente carregando Kror, que se encontra ferido no joelho, e trazendo também Layaline e Làrianna, uma mulher e sua filha que Aewyre conheceu na Cidadela, e que jurou proteger.

Enquanto isso, Allumno continua a sua demanda por toda Allaryia, matando magos que tenham a probabilidade de se entregarem às sombras de Seltor, até que Zoryan lhe revela algo que o deixa fulo...

(o suspense é lixado...)

Lhiannah, Worick e Taislin, encontram-se já em Ul-Thoryn, com o corpo de Aezrel Thoryn, morto pelo Flagelo, mas Aereth Thoryn, o regente, irmão de Aewyre, não acredita que aquele é o corpo do seu pai, e, com a mente envenenada pelas palavras de Dilet, o bobo, um Aesh'alan disfarçado no palácio, prende Lhiannah e Worick, que conseguem depois escapar com a ajuda de Taislin.

Quenestial e Slayra chegam aos Fiordes, a zona mais remota da Wolhynia, onde assentam na casa de Øska, uma garđing (palavra finesse da wolhynia para chefe), juntamente com os eahlan e Deadan. Quenestil conhece Ijhseorn, um kahrkr, que ainda acredita piamente nas velhas profecias dos Fiordes, e acredita que o eahan é o percursor das Vagas de Fogo, anunciadas por uma dessas profecias, e tenta convencê-lo a ir para Eiħrøin, a ilha onde encontraria o seu destino.

É talvez um dos melhores livros da saga, mas talvez isso também venha da comparação com o anterior, que era muito fraquinho, e as expectativas estavam em baixo, e depois foi razoável, e pareceu-me excelente. Nunca se sabe, mas se não pensarmos nisso, acho que foi mesmo um dos melhores, com a escrita a que o autor já nos habituou, demorada e extremamente descritiva, com batalhas incrivelmente longas, e palavras igualmente longas e complicadas e estranhas, embora essa tendência se tenha vindo a atenuar um bocado...

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