domingo, 28 de novembro de 2010

Géneros Literários (6.3) - Forma e Conteúdo


(continuação)

Ora bem, chegou a altura de falar das minhas ideias e teorias. Acho que já deixei bem claro que classificar o género de um livro, para mim, implica dar duas informações, uma sobre a forma e outra sobre o conteúdo.

Significa isto que, por exemplo, chamar romance histórico a um livro que tenha caracterizações completas para personagens, tempo e espaço, que seja extenso, e que retrate uma sociedade (normalmente) medieval, ou de tempos passados, faz sentido. Já dizer que um dos livros do Sparks é um romance só faz "meio-sentido". Talvez algo como romance de amor, ou qualquer coisa desse género.

Isto levanta alguns problemas. Por exemplo, dizer que o Drácula, de Bram Stoker, é um romance de terror... Bem, apesar de não estar errado, e ser a designação que, para mim, até faria mais sentido... Soa mal.

E existem ainda os casos de mistura de géneros. Um livro raramente é algo linear e perfeitamente delimitado, quanto ao tema. Torna-se, portanto, algo complicado dizer que um livro se insere em tal género. Como é que se contorna isto? Encaixando o livro no género que contenha mais características, ou características mais relevantes, dentro da sua história; ou dizendo que o livro pertence a vários géneros; ou criando um género novo, um subgénero, para o classificar; ou, em casos extremos, designando-o como inclassificável.

Por exemplo, um romance histórico cuja história, além de falar dos elementos históricos, dê alguma importância aos acontecimentos amorosos, continua a ser um romance histórico. Isto porque o importante é mesmo a caracterização dos espaços, da sociedade, de como era a vida noutros tempos, deixando os amores para segundo plano.

Ou então, imagine-se, um romance histórico cujo acontecimento principal seja um crime, ou uma série de crimes, e a resolução dos mesmos. Torna-se um romance histórico-policial. Neste caso já não faz sentido deixar esses outros elementos para segundo plano, uma vez que se assumem como parte essencial da narrativa.

O terceiro caso, a criação de um novo subgénero, começa por vezes a entrar na especificação excessiva. Surgem coisas como steampunk, distopia, high-fantasy, space opera, dark fantasy, entre outros. Alguns têm mais visibilidade que outros, alguns já merecem ser um género independente, outros são apenas demasiado específicos.

Por fim, podem ainda aparecer livros completamente inclassificáveis, de tão estranhos, bizarros, com tantos géneros misturados, ou com características tão pouco definidas, que se torna praticamente impossível fazê-los encaixar seja em que género for. Nesses casos acaba-se por se classificar o livro com o género que pareça menos mal.

E termina assim o meu falatório algo atabalhoado sobre a forma e conteúdo. A verdade é que isto começa a ficar mais complicado, com tanto género e subgénero e sub-subgénero... Espero não me estar a tornar confuso, e que me perdoem a qualidade decrescente desta sexta parte da crónica. Sugestões e/ou correcções, sou todo ouvidos. E prometo preparar os próximos textos com mais cuidado.

Vamos lá ver se me desenrasco.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Quando as Rectas se Tornam Curvas

Ora cá está um livro que acredito ser capaz de fazer confusão a muito boa gente. Se a mim, que estou dentro de alguma da matemática que aqui é falada, me fez alguma confusão, imagino para quem não tenha esse contacto com a ciência dos números.

No entanto o livro debate-se com questões que, em certa medida, devem ser tratadas intuitivamente. Começa por falar da geometria, área da matemática que ora se odeia, ora se adora, fazendo uma breve apresentação do livro de Euclides, um sábio da Grécia Antiga, "Os Elementos de Geometria". Este livro (ou melhor, livros, já que são 9) contém as bases para a geometria que usamos no dia.

E é através da negação de um dos postulados de Euclides que nascem as várias geometrias. O postulado em questão diz mais ou menos isto: "sobre um ponto exterior a uma recta, passa apenas uma recta paralela a essa recta". Ou seja, se considerarmos uma recta, e um ponto que não faça parte dessa recta, apenas somos capaz de traçar uma única recta que passe por esse ponto, e que não intersecte a primeira recta. Espero não me estar a tornar confuso.

Bem, as duas geometrias não-euclidianas principais nascem precisamente da negação desse quinto postulado, envolvido em muita polémica ao longo dos séculos, com sucessivas tentativas de demonstrações, e sucessivos falhanços. A primeira é a geometria hiperbólica, que em vez do quinto postulado de Euclides, diz que no tal ponto exterior a uma recta, passam mais do que uma recta paralela a essa recta. Já a elíptica diz que não passa nenhuma.

Embora apareçam, aqui e ali, algumas falhas de escrita/tradução, o livro consegue, com sucesso, apresentar ideias e conceitos relativamente complexos de forma simples, tornando-se acessível a pessoas com poucos conhecimentos matemáticos (com mais ou menos esforço), sem deixar de ser interessante para aqueles com alguns conhecimentos mais avançados.

Foi uma leitura interessante, mais do que interessante. Além de ter descoberto e percebido coisas que nunca ouvira falar, ou que ouvira apenas mencionar muito ao de leve, pude fazê-lo sem ter que recorrer a um professor catedrático ou a um grande esforço mental para perceber o que aqui vinha. Compreendo que para alguém menos habituado a lidar com equações e afins que eu, ou que não goste tanto de matemática, tenha mais alguma dificuldade, mas não acredito que seja algo insuperável. Além de que compensa, pelo interesse do conteúdo. Isso, pelo menos, deixo assegurado.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Misterioso Caso de Styles

Não sei é por ter ali uma data deles, com uma encadernação bem apetitosa (nada a ver com o livro da imagem!), ou se é por causa do Poirot, ou se gosto mesmo assim tanto dos livros desta autora, mas a verdade é que não lhes resisto. Quando dou por mim, estou a pegar num.

Não me estou a queixar, atenção. São sempre bons livros, que se lêem depressa, de tão emocionantes. E este em particular, é capaz de ser aquele em que eu mais notei a forma magistral como a autora consegue sempre que o leitor seja gozado.

Porque foi isso que eu fui: gozado. À força toda. Até me senti mal, quando acabei de ler o livro. Chegar ao fim, descobrir quem foi o/a culpado/a, e perceber como tinha sido levado de suspeito em suspeito, acreditando, de cada vez, que aquela personagem é que tinha de ser o assassino, sem NUNCA acertar uma única vez, duvidando desde o início que a culpa pudesse cair em cima e quem caiu...

O enredo em si, como sempre, não tem nada de extraordinariamente intricado, nem nada que se pareça. Tem montes de reviravoltas, algumas previsíveis, outras completamente inesperadas, e praticamente todas com um ponto em comum: Poirot. O pequeno detective belga com cabeça em forma de ovo parece saber sempre tudo o que se passa, tudo o que todos pensam, tudo o que aconteceu, e tudo o que ainda está para acontecer. É fascinante.

A história é contada na primeira pessoa, por Hastings, o companheiro de Poirot, em muitas histórias, que é convidado a passar o seu tempo de licença (acabou de regressar da guerra) em Styles, a casa de um amigo de longa data. O amigo é John Cavendish, uma pessoa não muito dada à imaginação, que é casado com Mary Cavendish, uma mulher orgulhosa, e com uma presença imponente. Já o irmão de John, Lawrence Cavendish, é um pouco mais "apagado". Não podia deixar de mencionar a Mrs. Inglethorp, a velha dona da mansão, casada com Alfred Inglethorp, vários anos mais novo, e de quem ninguém parece gostar. E claro, a metódica e eficiente Miss Howard, que trabalha para Mrs. Inglethorp.

Tudo parece correr relativamente bem, até ao dia em que se dá o crime. Com vários pormenores estranhos envolvidos, Poirot é chamado a ajudar, e usa as suas "celulazinhas cinzentas", expressão que sempre gostei, para descobrir o que é que acontece. A forma como o faz, apesar de ser absolutamente fascinante, não me agrada tanto como a maneira holmesiana, entenda-se, do Sherlock Holmes. Nunca confiei muito na psicologia usada por Poirot, preferindo as provas empíricas e deduções racionais de Sherlock Holmes.

Mas é, sem dúvida, um bom livro, com a escrita maravilhosamente fluida de Agatha Christie, a sua habilidade de brincar com o leitor, e a personagem sempre interessante de Hercule Poirot.

domingo, 21 de novembro de 2010

Géneros Literários (6.2) - Forma e Conteúdo



(continuação)



Portanto, vamos lá tratar de definir as coisas. Aviso já que me vou abster de tratar este assunto relativamente a outra coisa que não o género narrativo. Isto, por duas razões muito simples: 1) não leio o suficiente dos outros géneros para conseguir fazer aquilo a que me proponho, sem errar miseravelmente; 2) como 99% das leituras aqui do blog pertencem ao género narrativo, não me parece particularmente relevante falar dos outros géneros.



Um pequeno aparte. Eu não pretendo, com esta série de crónicas, chegar ao sistema de classificação supremo, ou assumir que as conclusões a que eu vou chegar estão certas, ou que são as mais certas. Como disse no primeiro texto:



"Não tenho pretensões a reescrever toda a história literária, em termos de classificações, nada disso. Apenas uma satisfação pessoal de perceber mais a fundo este grande mundo dos livros, e de tentar definir, de uma vez por todas, a nível pessoal e bloguístico, esta história dos géneros e afins."



Ou seja, aquilo que vou começar a fazer a partir deste post, definições de classificações, não passam de conclusões pessoais da minha forma de classificar. Se alguém as quiser utilizar, força, é sinal que não disse muitos disparates. Se ninguém as quiser utilizar, tudo bem na mesma. São essencialmente para mim, e para o blog.



Com isto já bem esclarecido, avancemos.



Oficialmente, além da forma e do conteúdo, ainda falam em extensão e temática. Em termos de forma (estrutura) de conteúdo e de extensão, os livros do género narrativo classificam-se, segundo a Wikipédia, em: romaces, contos, novelas, poemas épicos, crónicas, fábulas e ensaios. E depois é dito que quanto à temática se podem classificar em policiais, de amor, etc.



Estas definições wikipediescas já vêm, em parte, ao encontro às minhas ideias. Mas aquilo que eu pergunto é: porque não incluir a extensão, quando se fala de estrutura, ou forma? E o conteúdo e a temática, não são praticamente a mesma coisa?



E o próprio artigo da Wikipédia que dá estas definições apresenta incongruências. Por exemplo, define a epopeia, e diz que "é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo.". Mas apresenta, como exemplo, O Senhor dos Anéis, que não está escrito em verso!


Mas pronto, isto pouco me afecta. A Wikipédia é tudo, menos perfeita. Aquilo a que eu estou a tentar chegar, é que preciso de ter cuidado com estas definições e classificações, especialmente tendo em conta que estou a falar de algo com laivos de subjectividade e com alguma imprevisibilidade pelo meio. Afinal, o que é que impede alguém de escrever uma epopeia de ficção científica, centrada numa história de amor, com uma grande intriga policial como pano de fundo?


Acho que já me fiz entender.



(continua)

sábado, 20 de novembro de 2010

Géneros Literários (6.1) - Forma e Conteúdo


E chego finalmente àquele que é talvez o assunto mais importante em toda esta história das classificações. A forma e o conteúdo. Já falei disto em vários posts anteriores, mas chegou a altura de me debruçar a sério sobre este assunto. Vamos por partes.

Porque é que quero falar sobre isto?

Bem, por uma razão muito simples. Praticamente toda a gente conhece Nicholas Sparks e os seus livros. Classifiquem um qualquer. Disseram/pensaram em romance? Não está errado. Mas porque é que disseram romance? Porque tem uma história de amor? Nesse caso estão errados. Os livros do Stephen King também são romances, e histórias de amor não são bem a especialidade dele.

Outro exemplo. 3 livros: Se Acordar Antes de Morrer, O Fantasma de Canterville e outros contos e Os Contos de Beedle o Bardo. Conhecem-nos? São todos livros de contos. Isto diz-vos alguma coisa, em termos de conteúdo? Nem por isso. Ou seja, se eu em vez de ter dito os títulos, tivesse apenas dito que tinha 3 livros de contos, e tirasse um à sorte, podia-me calhar, respectivamente, um livro de ficção científica, um de humor, e outro de fantasia!

Ou seja?

No fundo, aquilo que eu estou a tentar explicar, é que há uma diferença entre o formato da história, e o conteúdo da mesma. Um romance pode ser de ficção-científica, de terror, de fantasia, histórico, de mistério, de tudo e mais alguma coisa, assim como os contos, as novelas e outros tipos de textos.

E qual é essa diferença?

Não é nada de muito complicado... É apenas isto: ao classificar um livro, é preciso classificá-lo quanto ao seu formato, e quanto ao seu conteúdo. Quer disto dizer que um livro pode ser um romance, um conto, uma novela, um ensaio, etc. (dentro do género narrativo); um soneto, um haiku, um vilancete, etc. (dentro do género lírico); um auto, um musical, uma ópera, etc. (dentro do género dramático), mas todos estes textos, quanto ao conteúdo, podem ser de ficção-científica, de fantasia, de terror, de amor, de mistério, e por aí adiante. Embora, na realidade, isto não seja assim tão linear quanto isso, já que uns textos têm mais tendência para umas coisas do que para outras.

De onde vem este "erro"?

Para ser sincero, não faço a mais pálida ideia. Deduzo que se deva, em grande parte, à generalização de alguns termos para nos referirmos a outras coisas, como o romance e a novela, por exemplo, dando-lhes assim conotações que dificilmente associamos a alguns livros. Por exemplo, dizer que "A Metamorfose" (1,2), de Kafka, é uma novela, soa-me muito mal, mas é isso que o livro é, e não tem nada a ver com nenhuma telenovela. Ou até mesmo dizer que os livros do Stephen King são romances... Assim de repente, até me parece blasfémia! Mas é porque eu, como a maior parte das pessoas, associa romance ao amor, e não a um livro extenso, com determinadas características.

(continua)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A Relíquia

Demorei mais de 2 semanas a ler este livro, que nem é muito grande, embora se torne um pouco denso, graças à escrita super-trabalhada e refinada de Eça. Acho que demorei menos tempo a ler "Os Maias".

Mas pronto, enfim, já falei deste assunto da falta de tempo e do arranjar tempo para ler umas 2 ou 3 vezes nos últimos tempos, acho que já deu para perceber a ideia.

Passemos então ao livro. A escrita, como já disse, é "super-trabalhada e refinada", como é costume nos livros daquela época. A história alterna entre momentos capazes de me fazer rir a bom gosto, e momentos que de tão dramáticos, acabam por ser cómicos.

Confirma-se, portanto, aquilo que eu já tinha visto e ouvido em muito lado, que "A Relíquia" é o livro mais engraçado de Eça. É um livro extremamente bem-disposto, cómico a vários níveis, como as personagens, tão estereotipadas que o próprio autor o assume, ao referir-se, por várias vezes, como "a Magistratura", "a Igreja", "o Estado", e "a firma", a personagens individuais, representativos de cada uma dessas classes.

Mas cómico também em termos da acção, e de todas as peripécias e acontecimentos que rodeiam Teodorico Raposo, "o Raposão", sobrinho da rica e ultra-devota Srª Dª Patrocínio das Neves, no seu dia-a-dia em casa da tia, na épica viagem que empreende e, por fim, depois do seu regresso.

E, é claro, a nível da escrita, sempre com a mais fina das ironias, e a revelar um acutilante sarcasmo, uma vez por outra. E o mais surpreendente (para quem não esteja familiarizado com Eça), é que no meio de tantas achas que deita para várias fogueiras, algumas mais directas, outras mais indirectas, o escritor consegue construir uma narrativa com uma base simples e um desenvolvimento complexo, ou melhor, denso, com boas personagens, diálogos que mesmo sendo completamente inverosímeis, me fizeram rir, e descrições absolutamente excepcionais, tão capazes de dar uma ideia geral de um lugar, como de descrever pormenorizadamente tudo o que se encontra nesse mesmo lugar.

Algo que poucos conseguem fazer! Por isso cá fica, mais um livro de Eça cuja leitura aconselho, sem reservas. Aliás, antes de sermos obrigados a ler "Os Maias", devíamos ser obrigados a ler este livro. Muito mais leve, muito mais pequeno, igualmente bom. Quem sabe, talvez depois não fosse preciso obrigar ninguém a pegar naquele (fantástico) calhamaço...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Géneros Literários (5) - Subgéneros Líricos


Uma vez que este não é o meu género favorito, e aproveitando o facto de neste blog se lerem poucos livros de poesia, em comparação com as narrativas, não vou aprofundar muito esta parte.

Aquilo que eu sei sobre os subgéneros líricos não é muito... Mas já reparei que as classificações se fazem preferencialmente pela forma. Exemplo bastante famoso é o soneto, que se caracteriza por ter uma forma fixa, com 14 versos, e embora esteja subdividido em 3 tipos, aquele que nós, portugueses, melhor conhecemos, é aquele usado por Camões, o italiano ou petrarquiano. Este subgénero de um subgénero tem sempre 2 quadras e 2 tercetos.

Outro tipo de poesia usado por Camões, foi o vilancete, constituído pelo mote, de 2 ou 3 versos, que dava início e, se bem me lembro, o tema. Este mote era então seguido pelas voltas ou glosas (uma, ou mais), cada uma com 7 versos.

Há ainda um tipo de poesia que se tornou bastante popular, e que veio do Oriente. Falo do haiku, que no Japão é normalmente escrito numa única linha vertical, mas que em português se escreve em 3 linhas, a primeira e a última com 5 sílabas métricas, e a do meio com 7.

E claro, tenho que falar dos poemas épicos, embora esteja na dúvida se pertencem ao género lírico ou a narrativo, ou se há exemplos para cada um dos géneros. Bem, não sei, mas como exemplos de epopeias famosas temos as de Homero, a Odisseia e a Ilíada, a Eneida, de Virgílio, a do nosso Camões, Os Lusíadas, a Divina Comédia, de Dante Alighieri, e Beowulf, de autor anónimo, mas que todos devem reconhecer, graças ao filme feito há relativamente pouco tempo, entre outras.

De certeza que há mais (muitos mais), mas estes são os que me lembro melhor, assim de repente. Nota-se claramente que as divisões na poesia assentam fortemente, e quase exclusivamente, na forma, em vez do conteúdo. Isto talvez se explique pelo facto de a poesia se focar muito nos sentimentos, que são difíceis de individualizar e analisar separadamente. Assim sendo, lá nasceram estas classificações estruturais, muito mais práticas para este género.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Géneros Literários (*) - Pausa para avivar a memória


A culpa é minha, toda minha. Comecei a escrever estas crónicas com um determinado objectivo, mas meteram-se coisas pelo meio (coisas mínimas, claro, como os exames), e depois entrei de férias. Ou seja, nunca mais escrevi nada quanto a isto, nem nunca mais me lembrei disto, sequer, para ser honesto.

Quer dizer, lembrei-me, uma vez por outra, mas como já tinha perdido o ímpeto, a simples ideia de recomeçar fazia-me perder qualquer resquício de ânimo que eu pudesse ter.

Mas, sem mais demoras, cá ficam os outros textos, para avivarem a memória, ou para os lerem pela primeira vez, tanto faz:

Géneros Literários (0) - Introdução - Este primeiro serviu para apresentar a ideia. Falei do que me atormentava e daquilo que pretendia com esta série de crónicas.

Géneros Literários (1) - As Bases - Como o título indica, falei das bases, daquilo que é essencial para um bom entendimento destas crónicas, e da classificação por géneros. Fiz principalmente a distinção entre os três géneros literários, e alguma conversa sobre forma e conteúdo.

Géneros Literários (2) - O Género Dramático - O primeiro de dois textos sobre o género dramático, onde explico, essencialmente, o que é, e falo sobre as teorias de classificação deste género: a "clássica" e a "moderna".

Géneros Literários (3) - Subgéneros Dramáticos - O segundo e último texto sobre o género dramático. Neste falei sobre alguns dos subgéneros, e adiantei mais qualquer coisita sobre forma e conteúdo.

Géneros Literários (4) - O Género Lírico - O último que escrevi, já lá vão mais de 4 meses (!!!), e o primeiro sobre o género lírico. Falei um pouco sobre o género, e falei um pouco sobre o facto de eu não gostar nada deste género.

E pronto, é isto. Alguma dúvida, perguntem, alguma crítica, estejam à vontade. Por favor perdoem-me alguma gralha/erro que possam apanhar... Odeio rever textos (grande defeito), especialmente os meus próprios textos, e embora ache que já apanhei as falhas todas nesses 5, é bem possível que apareçam mais. Podem-nos apontar, é até um favor que me fazem. E também podem fingir que não os viram, mas qual seria a piada a disso?

Ah, é claro, o próximo texto já está no forno.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

É um bocado paradoxal, eu sei...


... mas não tenho que vos fazer. Ainda há duas semanas publiquei isto, e agora venho aqui dizer que não tenho tido muito tempo para ler.

Mas é a verdade. Aquilo que eu disse é muito bonito (e verdade), mas há alturas, como esta, em que nem tempo para me coçar consigo arranjar, quanto mais para ler tanto quanto gostaria, ou para actualizar o blog seja com o que for.

As minhas desculpas, e a promessa de que não durará muito. Espero.

E um muito obrigado aos nossos seguidores, que já são 90! E é claro, a todos os que visitam o blog, seguidores ou não, e que nos dão a bela média de (mais ou menos) 100 visitas por dia, e com tendência para aumentar.

Quanto aos resultados do Concurso de Escrita, não me comprometo, pelo simples facto de ser preciso conjugar a disponibilidade de 3 pessoas, para lerem todos os textos e para nos decidirmos quanto ao vencedor.

E despeço-me com um pedido. O blog tem um e-mail, disponibilizado algures ali do direito (queaestantenoscaiaemcima@gmail.com), e para o qual podem enviar críticas ao blog, sugestões, dúvidas, enfim, tudo isso. Por isso, há algum assunto que gostassem de ver discutido aqui no blog? Alguma controvérsia relativamente a algum livro e/ou autor? Já sabem o e-mail!

sábado, 6 de novembro de 2010

Concurso de Escrita: Fim do Prazo

E acabou o prazo para o envio dos textos! Agradecemos as 24 participações, bem como a divulgação feita quer pelos nossos parceiros iniciais, como pelos parceiros que se foram juntando ao longo do mês.

Os resultados serão divulgados brevemente.