quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Casino Royale

Primeira coisa que me vem à cabeça: ligeiro desapontamento. Digamos que cheguei à conclusão que gosto mais de ver os filmes (caso raro!). No entanto, dou o benefício da dúvida ao autor. É que eu gostei do livro... Só "estranhei" um bocado.

Toda a gente conhece o James Bond, o famoso 007. Acho que é praticamente impossível arranjar uma pessoa que nunca tenha visto um filme do 007. E ler o livro... Bem, é diferente. Repito, eu gostei do livro. Adorei mesmo algumas partes e alguns pormenores.

Mas e convencer-me que é o filme que não está fiel ao livro, e não o contrário? UI! Ora aí está algo complicado. Durante muito tempo achei que os filmes do 007 eram apenas isso, filmes. Não fazia a mínima ideia que eram baseados em livros, coisa que descobri há cerca de 2 ou 3 anos. E agora que li um deles tenho uma ideia muito diferente desta personagem.

James Bond não é apenas um engatatão com muita ginástica e sangue-frio, alguma sorte e uma coisinha por gadgets. Também tem um bocado de tudo isso, como é óbvio, mas no livro vê-se que ele é, acima de tudo, uma autêntica máquina. Nunca duvidei que fosse um homem inteligente, mas também nunca suspeitei que fosse assim tão inteligente, e que tivesse uma tão forte capacidade mental. Bond é um homem dotado com uma lógica natural e um raciocínio matemático impressionantes.

Como personagem, surpreendeu-me, pela positiva, e vou ver os filmes com os outros olhos, sem dúvida. Já Vesper, a bond girl deste livro/filme não me agradou assim tanto. Gostei muito mais de a ver no filme. Aqui pareceu-me demasiado sensaborona. Como se costuma dizer, uma personagem demasiado bidimensional. Até Mathis, uma personagem muito "mais secundária" que Vesper, me pareceu ter mais profundidade, mais cuidado na caracterização.

Quanto à história, nada a apontar. Tem menos acção que o filme, e até dói ver as partes em que diverge da sua adaptação cinematográfica... Mas tirando isso, nada de especial. A parte da tortura... Bem, arrepiante. Já li pior, mas não estava à espera de algo assim. Até estava, afinal, já vi o filme, mas não esperava descrições tão arrepiantes.

O livro é pequeno, tem capítulos curtos, e lê-se num instante, com alguns momentos verdadeiramente emocionantes. Só não é bem a mesma coisa que o filme, mas acho que vou deixar a conclusão definitiva sobre qual é melhor para depois de ler mais alguns.

3 comentários:

Anónimo disse...

E O CONCURSO?

Anónimo disse...

Bem, este anónimo, que me parece ser sempre o mesmo, já chateia um pouco, mas não deixa de ter uma certa razão. Então não seria mais lógico lerem os textos enviados em vez de livros? Se não tinham condições para ler os trabalhos então não fizessem o concurso! A desculpa de que é mais que uma pessoa a ler os textos já não vale; deviam ter combinado as coisas antes de lançarem o concurso.

Rui Bastos disse...

Já pedimos desculpa, e voltamos a pedir, mas a verdade é que é complicado. Nós na altura tínhamos condições, e como foi a primeira vez que fizemos algo deste género, julgámos que não íamos ter problemas, mas surgiram vários imprevistos, e embora tenhamos responsabilidades para com os nossos leitores, e neste caso em especial, com os participantes do concurso, não podemos deixar os estudos para segundo plano.

Como já referi, pedimos desculpa, e tentaremos divulgar os resultados o mais rapidamente possível.