quarta-feira, 5 de setembro de 2012

O Jogo Final

Título: O Jogo Final
Autor: Orson Scott Card
Tradutor: Luís Santos

Sinopse: O Jogo Final é o primeiro volume de uma longa odisseia de ficção científica assinada por Orson Scott Card, um dos autor norte-americanos mais premiados dentro do género. Reconhecido com o prestigiado prémio francês para a ficção científica, o Grand Prix de l'Imaginaire 2000, Scot Card recebeu ainda, com o presente livro, o Nebula Award de 1985 e o Hugo Award de 1986. Trata-se de uma obra soberba, intensa e extremamente intrigante que tem como protagonista Ender Wiggin, um rapazinho de seis anos de idade em quem o governo da Terra deposita todas as suas esperanças. Out there, num espaço interplanetário que não é mais desconhecido para os humanos, existe um exército extraterrestre, de insectóides, capaz de aniquilar para sempre toda a humanidade. Desesperados, os homens desenvolveram um programa de defesa que consiste no treino intensivo de crianças sobredotadas com vista a torná-las verdadeiros génios militares. Ender é um génio entre os génios, o único que pode garantir a sobrevivência da grande família humana. Afastado de todos os que ama, o pequeno Ender ingressa na Escola de Guerra, fora da Terra, e começa um longo e penoso treino para se tornar no melhor comandante que o mundo jamais viu. Mas onde é que se situa exactamente a fronteira entre um excelente desempenho bélico e o assassínio? Será Ender suficientemente forte para salvar a Terra e para se salvar a si próprio do precipício da loucura? Até que ponto estava ele preparado para ser o dizimador de toda uma espécie de seres extraterrestres? Um livro arrepiante, que nos revela uma perspectiva apurada da condição humana - a sua força e a sua fragilidade, o poder aniquilador da sua inteligência bélica e a grandeza com que é capaz de se compadecer, de sentir o outro e de o deixar viver.

Opinião: Com uma escrita simples, de leitura rápida, este é um bom livro com uma história interessante. Apesar de não chegar nem perto da seriedade e intensidade de uma distopia, também não cai no nonsense do Hitchiker's Guide to the Galaxy.

E acho que podia ter facilmente caído num desses casos, especialmente para o segundo, tendo em conta que a maior parte das personagens tem entre seis e treze anos.

Mas o autor evitou bem isso, apesar da tenra idade das personagens ter sido a parte que menos me agradou. São todos génios muito à frente das respectivas idades, mas a maturidade que cada um demonstrou pareceu-me, no mínimo, inverosímil.

Não deixa no entanto de ser bastante interessante ver mentes ao nível, e até acima, de mentes adultas, presas em corpos de crianças, com vidas de crianças bastante peculiares.

Mas não achei que houvesse alguma personagem particularmente desenvolvida. Isso sim, podia ter sido um trunfo deste livro, crianças tão novas com mentes tão brilhantes, bastava uma para criar um livro interessante, e aqui haviam centenas.

Enfim, não é particularmente grave, até porque esta ficção-científica é mais virada para a acção, traço bem visível nos combates sem gravidade, maravilhosamente bem descritos e interessantes, com todas as suas estratégias absolutamente geniais.

E já sei que há mais livros, continuações que imagino serem deveras interessantes, tendo em conta o final deste livro.

aquilo que Orson Scott escreveu, foi um livro interessante, de leitura rápida e com uma boa história, apesar das personagens, vá, fraquinhas. Curiosas e relativamente interessantes, mas fraquinhas, no geral.

É claro que também há diálogos interessantes, com tanto génio por metro quadrado, mas nada particularmente espectacular.

Com tudo dito, fico à espera de ler o resto dos livros, na esperança de que as personagens se desenvolvam, para que esta seja uma excelente saga.

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