terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O Rapaz que Falava com o Diabo

Título: O Rapaz que Falava com o Diabo
Autor: Justin Evans
Tradutor: Jaime Araújo

Sinopse: George Davies jamais pensou que no dia em que tivesse um filho fosse incapaz de lhe pegar ou sequer de se aproximar dele, como lhe veio a acontecer. Pressionado pela deterioração do seu casamento, George decide consultar um psiquiatra, onde pouco a pouco vai revelando episódios traumáticos da sua infância, relacionados com a morte misteriosa do pai. George lembra-se de em criança ser visitado por uma estranha aparição, um rapaz que lhe conta factos muito perturbadores acerca do seu pai. À medida que estas aparições se intensificam e as suas consequências se tornam mais dramáticas, não há ninguém com quem George possa contar, pois ninguém acredita que ele seja real e muito menos que seja responsável pelas coisas más que começam a acontecer. Mas este rapaz existirá mesmo ou será tudo produto de uma imaginação transtornada? Um thriller psicológico com todos os ingredientes que o deixarão agarrado às páginas do princípio ao fim.


Opinião: Vou ser rápido e eficaz a opinar sobre este livro: a sinopse e o título prometiam que o livro fosse interessante, mas acabou por ser uma desilusão. A sinopse acabou por falar demais, e o título foi uma má escolha da tradução, tendo em conta que o título original é A Good and Happy Child.


E o livro até que nem é desinteressante. Apenas não é tão interessante e espectacular como a sinopse e o título prometiam. A história é ligeiramente retorcida, mas dificilmente chamaria a isto um thriller psicológico. Não há propriamente suspense de cortar a respiração.

Mas a história é vagamente interessante... A certa altura envereda por caminhos religiosos cuja abordagem não me agradou por aí além, mas mais para o fim salva-se um bocado disso. E bem, a partir de certa altura deixam de haver surpresas, excepto mesmo o fim, que foi no mínimo estranho. Se alguém o tiver percebido na totalidade, que me informe, porque eu fiquei um bocado a leste com os últimos parágrafos.

De qualquer forma, as personagens não são nada de especial. A mais interessante talvez seja mesmo o narrador, mas talvez o seja porque fica bem claro desde o início que ele não bate bem da cabeça, e toda a gente sabe como eu gosto de personagens loucas. No entanto, aquilo que podia ter sido mais interessante, a alucinação personificada em rapazinho que falava com ele, é pouco desenvolvido. Podia ter tido um destaque muito maior e ter um papel mais interventivo e muito mais directo no enredo, o que não acontece, e é uma pena.

Não posso, ainda assim, dizer que não apreciei o livro, mas enfim... Achei mediano. Mas a edição é boa, e faz parte da colecção "Lado [B]", da qual já li A Nona Vida de Louis Drax, que gostei bastante. Ou seja, neste momento estou menos entusiasmado com esta colecção, mas tendo em conta que estes 2 livros me custaram zero (este recebi numa promoção, e o outro trouxe da Troca de Livros da Biblioteca Orlando Ribeiro), estou disposto a dar-lhe mais uma oportunidade... Espero bem é que não esteja apenas ao nível de O Rapaz que Falava com o Diabo.

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