sexta-feira, 26 de abril de 2013

30 Dias de Noite

Título: 30 Dias de Noite
Argumento: Steve Niles
Arte: Ben Templesmith

Sinopse: Mergulhem no mundo de Barrow, Alasca, onde a escuridão invernal serve de farol para um bando de vampiros sedentos. A única esperança dos seus habitantes reside nas mãos de Stella e do seu marido, Eben, o xerife da Cidade. Poderão eles salvar a cidade que amam, ou irão as Trevas prevalecer para sempre?

Opinião: Digam o que disseram, ler sobre verdadeiros vampiros é sempre agradável. Esqueçam os que brilham no escuro, quais autocolantes para putos, temos mesmo é que deixar de mencionar essas aberrações, quando falamos de vampiros.

O que interessa aqui são as criaturas sanguinárias, violentas, repulsivas, cruéis, inumanas, autênticas bestas de pesadelos que são os vampiros. Os dentes destes em particular são um bocado estranhos, mas a ideia principal está lá.

A premissa é tão simples que me espanta que nunca tenha ocorrido a mais ninguém: numa região do Alasca em que o Sol se põe durante 30 dias, os vampiros decidem invadir em massa uma pequena localidade para fazerem um verdadeiro banquete. A ideia é aproveitarem 30 dias completos de forma ininterrupta, para a matança. Uma ideia perfeitamente legítima! Quando se é uma criatura com uma certa alergia ao Sol, o sítio ideal para se estar é exactamente um em que o Sol anda desaparecido durante montes de tempo.

Partindo dessa premissa, o livro desenrola-se num banho de sangue com algumas linhas narrativas algo difusas e apressadas, em que a melhor parte acabam mesmo por ser os desenhos, ligeiramente toscos e propositadamente difusos, um estilo que funciona na perfeição para ilustrar o ambiente de Barrow, a pequena localidade no Alasca, e a natureza assustadora dos vampiros.

Mas a verdade é que esperava mais. O xerife e a sua mulher, que têm obviamente que salvar o dia, são personagens apenas moderadamente interessantes, ainda que com um fim interessante. A minha parte favorita em termos de personagens acaba mesmo por ser as interacções entre vampiros, entre os quais são bem visíveis alguns traços humanos, no meio de tanta estranheza e distanciamento da raça humana.

Com uma premissa interessante, uns desenhos muito bons, e o restante conteúdo um pouco acima de mediano, 30 Dias de Noite é menos do que prometia, mas não deixa de ser um livro interessante e que pelo menos tem sangue e tripas.

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