segunda-feira, 9 de junho de 2014

Vingadores Cósmicos (Guardiões da Galáxia #1)


Argumento: Brian Michael Bendis
Arte: Steven McNiven, John Dell, Justin Ponsor, Sara Pichelli, Mark Morales, Yves Bigerel, Mike Oeming, Rain Beredo, Ming Doyle, Javier Rodrigues, Michael Del Mundo
Tradutor: Paulo Moreira


Opinião: Divertido até ao tutano. Digo mais, prefiro esta equipa aos Vingadores! Acho é que tirava o Iron Man desta mistura, embora seja sempre agradável encontrá-lo. Parece-me que só aparece para chamar as pessoas, porque é uma cara que conhecem e de quem gostam.

Ignorando isso, o que temos? Um bando de inadaptados, vindos de sítios muitos diferentes, com motivações muito diferentes, unidos numa demanda comum e, no fundo, bem intencionada.

O que mais me espantou foi a caracterização de cada uma das personagens. Consegue-se sentir a personalidade distinta e marcante de cada um, desde a atitude despreocupada, mas nobre, de Peter Quill, o Senhor das Estrelas, até à fúria mal contida de Drax, o Destruidor. O silêncio implacável de Gamora, filha adoptiva de Thanos (também conhecido como o tipo de queixo roxo que aparece no fim do filme dos Vingadores), e uma das melhores assassinas do universo, é simplesmente palpável. Por fim, o duo de Rocket Raccoon, o guaxinim maníaco, e Groot, a árvore ambulante de vocabulário limitado, é fantástico.

As personagens complementam-se e cada uma delas é digna de ser acompanhada. Os Guardiões da Galáxia são um super-grupo bastante mais suis generis que os Vingadores, e isso acaba por funcionar muito a favor deles. Não se levam demasiado a sério e são basicamente foras da lei.

Além de que, convenhamos, um guaxinim psicopata, uma árvore (mais ou menos falante), um berserker, uma assassina e um bandido profissional? O que é que pode correr mal?

Gostei bastante de ver a ligação deste grupo com a BD dos Inumanos que li há uns tempos: o pai de Peter é nem mais nem menos que Jason, o príncipe de Spartax, expulso do seu planeta durante os acontecimentos de Inumanos. Agora é rei e só causa desgraças.

A melhor parte deste livro, no entanto, foi a quinta e última, com capítulos centrados em cada uma das personagens do grupo, não necessariamente ligadas a uma história maior, mas mais focadas em apresentar as personagens, os seus dilemas e a revelar um pouco das suas origens e dos seus carácteres.

No fim foi uma leitura bastante divertida, com uma história bastante consistente, um aglomerado interessante de vilões cósmicos, cenas de acção e pancadaria impecáveis, e interacções brilhantes dos membros do grupo uns com os outros e, bem, com tudo. A acompanhar!

2 comentários:

Optimus Primal disse...

Concrdo com a parte do latinha.Mas ate agora achei fraquinho.Espero que no 2 melhore.

Rui Bastos disse...

Eu até gostei, tirando, lá está, a inclusão do Iron Man...